Olá, pessoal!!! Demorou mas tem post novo aqui!!!
Sábado, enquanto organizava alguns livros, textos, e outras coisinhas mais, encontrei algo que deve ser lido e pode provocar em nós uma boa reflexão... É um texto de Madalena Freire; chama-se "Fogo do Educador".
FOGO DO EDUCADOR
Todo educador trabalha com fogo. Fogo do desejo.
O dasafio do educador é educar esse fogo. Fogo mal educado transforma-se em incêndio destruidor, porque indisciplinado não possibilita apropriação. A função do educador nessa prática, é a de BOMBEIRO das urgências. Fogo educado transforma-se em aquecimento interno, porque disciplinado, possibilita apropriação, intimidade, conhecimento do outro e de si próprio. Nesta prática, o educador torna-se um militante que luta no seu cotidiano para deixar a chama acesa, iluminando a construção de sua prática. Essa opção envolve trabalho árduo, sofrido, com o educador enfrentando limites, perdas, frustrações, na construção de sua disciplina. Pois fácil é incendiar... Difícil é deixar o fogo na chama, lamparina acesa, alimentando, aquecendo seu coração pedagógico.
Tá... Tudo bem... É meio "pedagogia do amor"... Eu sei disso, mas sei que educar é favorecer o aprendizado, a aplicação desse em novas situações, e ainda a aquisição autônoma de novos conhecimentos... E tudo isso em meio as lacunas socias que todos conhecemos: Pais que trabalham o dia todo, televisão e internet que garantem grande parte da educação das crianças, dificuldade de acesso aos meios de cultura para alunos de baixa renda, e etc...
Porém, enquanto educadora, não quero ser esse "bombeiro", ou o "pedreiro", ou aquele que serve para tapar buracos... Ah, sem desmerecer quem o faz! Nada contra essas profissões... A questão aqui é de outra ordem, certo?
O fogo do educador, a meu ver, deve concentrar-se em "educar apesar das lacunas sociais". E não em sofrer com estas e encará-las como o limite do seu trabalho pedagógico...
E em relação a essa pedagogia do amor: Já ouviram dizer que de boa intenção o inferno está cheio? Pois é!!! De amor, de sentimentalismo, de assistencialismo a educação brasileira já está cheia... É preciso comprometimento, responsabilidade e competência técnica!!!
E no lugar de um discurso amoroso deve-se sim inserir práticas de igualdade, solidariedade, justiça e respeito mútuo!!! Afinal, é disso que o PCN fala... Não é?!?!
Um grande beijo e um forte abraço a todos os leitores, mas especialmente aos colegas educadores!!!
Boa semana à todos!!!
Fiquem com Deus!!!
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